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Pais: nem tudo é sua culpa!
- 13 de junho de 2019
- Posted by: Ana Maria de Souza Rodrigues
- Category: Pais
Você é aquele pai que se responsabiliza por tudo que seu filho faz? Se sente culpado por quem a criança vai se tornar no futuro?
Hoje venho te dizer que a culpa não é totalmente sua e vou te explicar o por quê!
Os pais vivem se questionando:
- Será que sou permissivo demais com o meu filho?
- “Deveria trabalhar menos para estar mais presente?”
- “Se eu deixá-lo dormir na nossa cama, vou atrapalhar sua autonomia?”
Infelizmente, os filhos não nascem com manual e não existe uma fórmula perfeita para educá-lo, mas existem algumas dicas que poderão auxiliá-lo em sua educação e formando boas pessoas, com caráter e responsabilidade.
Já parou para pensar que o desenvolvimento da criança não depende apenas do pai e da mãe?
A criança convive com os colegas, professores, avós, tios, babás, etc. e todas essas pessoas tem influência na formação da personalidade dessa criança.
Há estudo sobre as diferentes formas de criar os filhos ao redor do mundo. No Japão, por exemplo, as crianças dormem na cama dos pais até os 10 anos, e são crianças que se desenvolvem normalmente. Sem traumas, neuroses ou precisando gastar rios de dinheiro em terapia.
As crianças são resilientes, ou seja, se adaptam com muita facilidade ao meio em que vivem. Elas aprendem e crescem com cada experiência. Enquanto os pais se culpam por estar o dia inteiro fora, a criança está com pessoas que a ama e tranquila… Isso não significa que ficará traumatizada, muito pelo contrário, conheço crianças que ficam o dia inteiro com os pais e apresentam sérios problemas psicológicos!
A verdade, é que há uma disseminação de psiquiatras, psicólogos, professores e pedagogos, que criaram a ideia de que qualquer atitude insensível dos pais possa prejudicar a saúde mental das crianças e traumatizá-las.
“Os pais são responsabilizados por questões que, no fundo, não dependem inteiramente deles”.
Na verdade, temos vários pais cheios de culpa e frustração, por nem sempre conseguirem atingir as suas expectativas.
Essa é uma ideia que precisa ser desconstruída o quanto antes, do contrário, sempre que a criança se comportar ou se desenvolver diferentemente do esperado, os pais continuarão se sentindo culpados.
– COMO AGIR, ENTÃO?
Os pais devem se comportar como incentivadores dos filhos, em vez de assumirem toda a responsabilidade pelo seu desenvolvimento. “Pais são mentores, e não, educadores de crianças que se tornará um reflexo daquilo que somos ou que esperamos que ela se torne”.
– Por isso, o principal conselho aos pais – é: re-la-xe!
Dicas aos pais:
- Estabelecer empatia com seu filho: ensine-o a se colocar no lugar do outro.
- Saber usar o NÃO e o SIM.
- Disponibilizar tempo (com qualidade) para o seu filho (a).
- Pense antes de responder (não responda de maneira impulsiva).
- Ignorar a raiz do problema: por que a criança dá problema na escola, na rua, com amigos, etc. Alguma coisa está acontecendo. Aceite e procure ajuda enquanto é tempo.
- Analise o mau comportamento e faça seu filho se retratar. Castigue-o se for necessário. Não tenha postura agressiva.
- Deixar claro: todas as crianças têm direitos e deveres. A criança deve conhecê-los e exigir seus direitos, mas também cumprir seus deveres.
- Cuidado para não abusar dos elogios. Este deve ser feito com real merecimento.
- Não sejam pais permissivos, tentando compensar suas culpas.
- Eximir seu filho da responsabilidade. Se seu filho errou, deve assumir e se retratar.
Ana Maria de Souza Rodrigues
Especialista da Educação